nasce em Tívoli, filho de Mariano e de Úrsula Antonelli, uma família de trabalhadores; é o primeiro de seis filhos

inicia o ensino fundamental; quando é maiorzinho, nos dias livres e nas férias de verão, colabora nos trabalhos do pai
concluído o ensino fundamental, deixa a escola e durante dois anos trabalha como "pedreiro mirim" com o pai. Autodidata, estuda francês em apostilas (aprenderá em seguida também espanhol, português, romeno, inglês, alemão além de grego e latim)
com a ajuda de um benfeitor, que paga a sua mensalidade, entra no Seminário diocesano de Tívoli, onde permanece até 1912
obtém o diploma do ensino médio. Vence um concurso do Ministério de Graça e Justiça. Inscreve-se na Faculdade de Letras e Filosofia na Universidade de Roma
Convocado para o exército, é enviado à Escola de preparação de suboficiais, em Espoleto e depois à Academia militar de Modena. Em dezembro é enviado para a frente de batalha, às margens do rio Isonzo, como subtenente no 111º Regimento de infantaria

atinge, com o seu batalhão, o Monte Zébio sobre o planalto de Asiago
7 de julho - é ferido na perna e mão direita numa ação de guerra, pela qual recebe a medalha de prata. Passa três anos no hospital, entre a Baggina (Pio Instituto Trivulzio) em Milano e o Hospital de guerra no Palácio da rainha Margarida em Roma, onde prepara os exames universitários
12 de julho - obtém o diploma com uma tese sobre "O cômico em Dante"
começa a lecionar matérias literárias como suplente no
R. Liceu Ginásio Umberto I de Roma, onde ficará até 19211
publica os primeiros artigos em revistas de Tívoli e de Roma (1918-1920) e o seu primeiro opúsculo (de arqueologia)

2 de fevereiro - casa-se em Tívoli com Mya Salvati; se transferem para Roma
no segundo semestre conhece Sturzo e adere ao Partido Popular. Em outubro escreve os primeiros artigos políticos para "Il Popolo Nuovo", semanal do PPI (será o seu diretor em 1924)

vencedor de concurso, em novembro assume o ensino de letras no
R. Ginásio de Nuoro
janeiro - deixando o emprego fixo, volta para Roma para trabalhar como funcionário e jornalista na Assessoria de Imprensa do PPI.
abril - ao ser fundado "Il popolo" (por Giuseppe Donati), colabora com artigos de vigorosa denúncia política até a sua supressão
leciona no Liceu "Cicerone" e, nos dois anos seguintes, no Instituto Técnico "De Merode" e no Liceu "Mamiani"
julho - torna-se diretor da Assessoria de Imprensa do PPI e do seu órgão "Il Popolo Nuovo"
janeiro - dirige o "Boletim da Assessoria de Imprensa do PPI", que é várias vezes embargado (será publicado até outubro de 1926)
junho - publica "Rivolta cattolica"
com Giulio Cenci funda e dirige o mensal "Parte Guelfa" (serão publicados apenas quatro números)
fevereiro - submetido a processo por crime de imprensa, é anistiado por ser mutilado de guerra
agosto - assume a direção do "Boletim bibliográfico de ciências sociais e políticas" (suprimido em outubro)
setembro - nasce o primeiro filho, Mario; em seguida virão, Sergio em 1929, Brando em 1931 e Bonizza em 1937
novembro - dissolvido o PPI (9 de novembro), leciona no liceu das irmãs Cabrini de Roma até 1930 (voltará como reitor, de 1959 a 1967)

20 de agosto - parte para os Estados Unidos, onde, por conta da Biblioteca Vaticana, segue cursos de Biblioteconomia e Bibliografia nas universidades de Ann Arbor, Michigan e depois de New York.
Voltará aos EUA em 1938 para um congresso de Bibliotecas Católicas no Missouri, e em 1966 para algumas conferências organizadas pelo Instituto italiano de Cultura
durante a sua permanência nos EUA escreve artigos para o "Commonweal" e envia artigos para a Itália ao "Carroccio" e ao "Avvenire d'Italia". Prepara livros sobre o protestantismo e sobre a literatura norte-americana
8 de junho - volta à Itália; em julho começa a trabalhar na Biblioteca Vaticana onde ficará até 1944. Dirige a reforma da catalogação
2 de outubro - ao sair da prisão, Alcide De Gasperi lhe escreve; o ajuda a ser contratado pela Biblioteca Vaticana
abril - publica os dois primeiros artigos em "Fides", mensal da Obra Pontifícia para a preservação da fé; em 1930 assume a sua direção de fato e em setembro de 1932, a oficial. Alarga os horizontes da revista, que obtém um vasto público de leitores especialmente no clero.

é convidado por Piero Bargellini a escrever para a revista florentina
"Il Frontespizio";
colabora nesta revista até 1939
Publica "Segno di Contradizione", um dos seus livros mais traduzidos e com várias edições (5ª ed., 1964)
funda e dirige a escola de Biblioteconomia da Biblioteca Vaticana
publica "Il messaggio sociale di Gesù", primeiro volume de uma série que Lagrange define como "base indispensável de qualquer estudo de caráter social do cristianismo". Os outros volumes sairão em 1938, 1939 e 1946; serão reunidos para formar "Il messaggio sociale del cristianesimo" em 1958; são traduzidos, em parte, também em chinês e japonês;
8ª edição, 1963.
no decorrer da II Guerra Mundial trabalha com De Gasperi, Bonomi e outros expoentes antifascistas para preparar o renascimento da democracia
a 2ª edição do seu livro – "Cattolicità" – é retirada de circulação por ordem das autoridades do regime; é permitida uma sua nova edição, mas com cortes impostos pela censura
24 de abril - é chamado por mons. Montini para dirigir a escola de jornalismo e para lecionar na "Escola de Preparação Social" no Latrão
11 de junho - após a libertação de Roma nasce o novo jornal da Ação católica,
"Il quotidiano", para cuja fundação contribuiu e do qual é diretor (1944-1946)
2 de junho - é eleito deputado para a Assembleia Constituinte pela circunscrição de Roma
1º de agosto - sucede a Guido Gonella na direção de "Il popolo" (1946-1947)
novembro - é eleito vereador em Roma

fevereiro - participa na Suíça de um encontro de representantes democráticos de 8 nações; propõe que os vários partidos inspirados na doutrina social cristã se unam com pactos de cooperação.
vai à Espanha para as celebrações de Jaimes Balmes, e à França onde encontra Gilson e Aron
18 de abril - é reeleito para a Câmara dos Deputados
21-28 de abril - como representante da A.C. italiana participa em Londres de um Simpósio da "Christian Action", movimento de cristãos de todas as denominações e países para dar uma alma cristã à União dos Estados europeus do ocidente
17 de setembro - no Montecitório encontra Silvia (Chiara) Lubich
dezembro - faz uma conferência em Lisboa, em português, sobre o "jornalismo católico" convidado pelo jornal "Novidades". Visita Salazar

29 de janeiro - funda em Roma o semanal "La via"; encerrará as publicações em maio de 1953
16 de março - discursa na Câmara sobre a adesão da Itália ao Pacto Atlântico: que seja instrumento de paz e não de guerra
11-29 de julho - na universidade de Friburgo, Suíça, ministra aulas num curso internacional sobre a crise europeia
3 de outubro - apresenta, junto com o dep. Calosso, socialista, a primeira proposta de lei sobre a objeção de consciência

é nomeado membro do Conselho dos povos da Europa em Estrasburgo
21 de dezembro - discursa na Câmara dos deputados sobre a moção Giavi para a guerra da Coreia; convida o governo a se fazer mediador entre os Estados Unidos e o bloco comunista para a cessação da guerra. Propõe a nova filosofia: "se queres a paz, prepara a paz".
10 de outubro - discursa na Câmara dos deputados contra os gastos com os armamentos; propõe a política do amor: também os comunistas são irmãos a serem amados
26 de outubro - promove, junto com outros poucos deputados de vários partidos, o "Acordo parlamentar pela paz"; é censurado pela secretaria do seu partido
publica "La divina avventura", primeira exposição da espiritualidade do Movimento dos Focolares
junho - não é reeleito para a Câmara dos deputados
é Presidente do Instituto ONARMO de Assistência social, escreve para o "Notiziario ONARMO" e, sobretudo, para "Il cappellano del lavoro"; (de dezembro de 1953 até o final de 1960)
trabalha como consultor na Biblioteca da Câmara dos Deputados, onde introduz um novo sistema de catalogação; permanece aí até 1961
leciona pensamento social do cristianismo na Universidade Internacional "Pro Deo"

assume a direção do periódico "Città Nuova"
junto com Chiara Lubich funda o Centro S. Catarina
convidado pelas Irmãs Canossianas visita as suas missões na Ásia
publica "Le due città", expressão da maturidade do seu pensamento político-religioso
julho - dirige o semanal "L'Unione", órgão do Centro social cristão (1961-1962)
é diretor do "Centro Uno", secretaria ecumênica do Movimento dos Focolares

fecha-se a revista "Fides", dirigida por ele até o fim
é componente do Conselho Superior da Pública Instrução até 1966
Publica "Laicato e sacerdozio", lúcida antecipação da teologia do laicato expressa pelo Concílio Vaticano II
é nomeado diretor do Instituto Internacional "Mystici Corporis" de Loppiano (Florença).
após a morte da mulher, Mya, vai viver estavelmente num focolare em Rocca di Papa, no Centro Mariápolis. Participa da vida do Movimento: fala em encontros de todas as ramificações e em simpósios ecumênicos; mantém relacionamentos especialmente com os jovens; escreve os últimos livros, entre os quais "L'unico amore", as suas memórias e outros, ainda inéditos; continua a escrever para "Città Nuova" (até dezembro de 1979)

participa em Londres da entrega do Prêmio "Templeton" a Chiara Lubich
aprile - é publicado
"Il diario di fuoco"
18 de abril - encerra-se a sua vida terrena
