16 de março de 1949 – 16 de março de 2017: uma ideia profética
- Detalhes
- Categoria: Associações
- Publicado: Quinta, 16 Março 2017 06:09
- Acessos: 1486
«Quando se volta a dialogar com homens do passado, a primeira pergunta com que se depara é: por que se faz isso? Cada vida esconde um mistério e algo não resolvido que nunca fariam pronunciar a palavra fim se não interviesse a negligência.
Se é experiência quotidiana em relação a quem mais nos causa grande interesse, imaginemos como é natural o esquecimento com os desconhecidos que agora pertencem à história». (Assim se exprime Giovanni Santambrogio sobre Igino Giordani no jornal Corriere della Sera).
Pensamentos, estes, que suscitam um movimento de emoção no ânimo de quem conheceu Igino Giordani, falou com ele; de quem – o encontrando quotidianamente nos seus escritos –percebe sempre a sua presença viva chegando a constatar, encantados, que realmente ele, Igino Giordani, foge cada dia mais “da implacável lei do esquecimento”, assim como outros seus companheiros de aventura: Pe. Luigi Sturzo, Alcide De Gasperi, Giorgio La Pira, Giuseppe Donati.
E, pontualmente, a história nos oferece vários momentos marcantes para redescobrir os rastros deixados por ele na vida da Igreja, da Itália, da Política…
Assim, aquele de 16 de março de 1949.
Discurso de Igino Giordani na sessão Parlamentar de 16 de março de 1949
Em abril de 1949, 12 países europeus estipularam o Pacto Atlântico, um acordo para a mútua defesa em caso de ataque externo a um dos países signatários. A solicitar o Pacto Atlântico foram os temores de uma possível ação militar da União Soviética na Europa. Portanto, as discussões assumiram naturalmente um forte caráter ideológico. Também na Itália, o Parlamento foi teatro de contraposições políticas inflamadas. Relatamos alguns pensamentos do célebre discurso que Igino Giordani fez a propósito do Pacto Atlântico e da guerra, chegando a conceber uma ideia completamente nova, como a “Internacional europeia”, – digna, hoje, de ser retomada e aprofundada – a qual poderia desempenhar a função de ser fonte de unidade.
«Eu parto de um princípio: que toda guerra é um fracasso dos cristãos… vocês escreveram muito bem nos muros do palácio Chigi: “não à guerra”. Nós nos associamos. E escreveram também: “terra, não guerra”. Também nisto estamos perfeitamente de acordo. É já demasiada a terra destinada a cemitérios de guerra: seria bom poupá-la para, ao invés, dá-la aos nossos trabalhadores para ser cultivada.